terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Se um dia

Se um dia eu descobrir que foi falso teu sorriso ao me ver, foi mentira os brilhos em teus olhos ao me aproximar, foi uma brincadeirinha o risinho envergonhado...Se eu souber, que foi uma farsa aquelas mil e umas declarações de amor, que não existiu um "EU TE AMO" verdadeiro que me disseste...Se não existiu o banho de chuva como dois namorados, o corre-corre na escola para ficarmos juntos, o filme em que assistimos e compartilhamos o que sentíamos, o tempo que me fez feliz, A vida que me entregou renovada quando entraste em minha vida...Se tudo isso não foi real, e você vier me trazer esta notícia, saiba que nunca mais irá me ver, não por rancor, ou ódio...Mas sim, pois deixarei de viver, porque somente quando conheci você é que descobri o motivo da minha existência.

(Francieli Zambonini)
Milhões de pessoas podem existir
Milhões de pessoas podem ser legal
Milhões de pessoas podem ser bonitas
Milhões de pessoas afinal.

No meio de milhões de pessoas
Ninguém é como você é
No meu coração, especial
Ninguém chega ao seus pés
À nível mundial.

Milhões pode me rodar
Milhões pode me tentar
Mas meu coração é pra valer
Só tenho olhos pra você.

No meu mundo só existe você
Você e minha solidão
Milhões são ilusão.

Milhões pode te tentar
Milhões pode te machucar
Mas eu estou aqui
Pra te proteger e te amar.

Diga basta ao sofrimento
Diga basta a solidão
Venha comigo
Me estenda a mão.

Milhões podem existir
Milhões podem parecer igual
Mas não é bem assim
Ser diferente é mais legal.

Jamais vou te fazer sofrer
Não sou otário para fazer isso
Seu coração vai viciar
No dia que conseguir me amar.

Tudo isso pode parecer ilusão
Mas tenho certeza, garanto que não
Tudo vai mudar
No dia que estender a mão
E me dar seu coração.

No meio de milhões sou diferente
No meio de milhões você é especial
Fomos feito um para o outro
Num amor primordial.

(Iori Montenegro)

Jardins

Lá fora não há mais rosa;
Secaram-se os jardins.
O sangue humano rega as orquídeas negras.
Por que?

Não me pergunte porque,
Pergunte-se a si próprio.
Porque matas o amor?
Porque esquece-te das rosas do jardim?

Quando encontrares o verdadeiro amor,
Logo as rosas desabrocharão novamente, e o sangue humano
Teu próprio sangue
Certamente correrá dentro de tuas próprias veias.

No jardim, enquanto florescem as rosas,
Cultive também poesia.
Cultive sonhos, cultive amor.

Então poderás me responder
Por que?
Oh duvida.


(Tiago Monte Reis)

Espelho Quebrado

Procuro no silêncio
Pedaços de mim
Reflexos da minha face
Olhos, boca, perfume...
Desespera-me a angustiante escuridão
A espera sem sabor
O beijo que nunca será.

Onde estou, dentro de mim mesmo,
Senão dentro do meu coração?
Coração lugar triste, quente, cheio:
Rancor, amargura, medo, paixão...

Posso sentir meu sangue correr,
Meus pulmões, estômago,
O estalar dos meus dedos.
Mas onde estou verdadeiramente?

Olho no espelho e vejo um estranho
Que vive por aí, dando ares de mim.
Não é meu todo esse amor

Não são minhas as risadas,
Gargalhadas que ele dá.

Agora dorme, apenas dorme, não ronca
Não ronca e não mexe
E não fala, está inerte
Apenas dorme...

Procuro no silêncio
Pedaços de mim
Informações de como sou
Quem sou, onde estou
Nesse quebra-cabeças estilhaçado

Fico o tempo todo aprisionado
Nesse corpo estranho de outrem.
Onde estou meu Deus (talvez gritaria)
Senão dentro do meu coração?

Não sinto dor, mas calor
E vontade de ver o mundo,
Sentir, dançar na chuva
Cantar ou berrar na madrugada.

Olho no espelho e vejo um estranho
Procuro no silêncio
Pedaços de mim
Restos de mim

Haverá nesse mundo alguém,
Apenas um alguém
Que conheça meus olhos,
Meus dedos, cabelos e cotovelos?

Há de aparecer, ao menos, um alguém
Em meio a tantos ninguém
Que saiba, conheça, estabeleça
Algum pedaço de mim

(Tico Matos - 17/12/2008)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Que o vento traga

Às vezes penso que já não me ama mais, pelo brilho dos teus olhos que já não é o mesmo ao me ver, o seu sorriso que já não é o mesmo quando eu passo...Talvez a paixão se tornou amor, ou o amor que tinhas por mim foi insuficiente pra me amar o necessário do amor...Ou até mesmo eu já não te enxergo com os mesmos olhos de uma apaixonada...O EU TE AMO entre nos virou rotina, ou...Uma tarefa excluída, o amor que sentíamos virou pó...Pó que o vento leva da memória com o tempo...O tempo...O tempo que há de curar a dor que sinto por ter-te tão perto...Mas com o sentido tão longe...Espero que o tempo leve com o vento o que sinto...Ou... Que esse mesmo vento traga com o tempo o sentimento que um dia de nós foi levado...

(Francieli Zambonini)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Meu nome era Severino
E nunca fui feliz por isso
Eu era bandido
E você nunca deve ter ouvido falar de mim.

Na minha vida já fui feliz
Até consegui o que eu quis
Mas quem não sabe viver
A tendência é a sua vida então perder.

Á tempo não bate meu coração
Conta de facada e ilusão
O amor em minha vida perdeu a razão.

Por isso essa é minha carta de suicídio
Um abraço para quem já foi meu amigo,
Hoje sou um podre coitado, abandonado.


(Iori Montenegro)

Olhos que choraram

Decerto os olhos que choram ja brilharam um dia,
Ao me ver entrar por aquela porta
Na noite escura e fria

Será mesmo o amor dom Divino e sincero?
Amor dói nas almas dos que amam verdadeiramente.
Por mais severa que seja, por mais rude que se mostre
A dor do amor é a dor que transforma e define a
Vida de qualquer ser vivente.

De todas as formas de amor ja amei:
Amores ocultos e amores aparentes;
Mas o amor que se concretiza no próprio verbo amar,
Torna-se permanente.

Singelo,obscuro, mas alegre e imaturo.
Torna homem feito menino e prevalece no
Infinito da vida.

Na noite fria e escura os olhos choram!
Ao ver , ao sentir o amor tornar-se distante
E ao mesmo tempo perto demais.

Demais ao ponto de sentir o cheiro, o gosto, a pele
sobre a pele.

(Tiago Monte Reis)
Noite.

Metamorfose.

Os olhares arrobam corpos.

Suores quentes.

As respirações ofegam.

Os extintos entrenham na pele.

Somos bichos,

Caça e caçador.

A procura desta comida noturna

Chamada

Prazer.

(Nanna Morais)

Na rabeira de uma paixão eu sofri

Na rabeira de uma paixão eu sofri
Logo eu, que nada sei de mim
Nem meus pensamentos
Nem as sensações,
Mesmo tão presentes.

Conheço apenas o que vejo de mim
O dedo, a língua, os pêlos.
Nada sei de amor ou de ódio
Como toda gente o sabe
E conhece suas dores
E seus amores

No dia em que descobri
A mulher amada
Nada fiz.
Porque era-me tudo novo
E sensacional
Como os encantamentos
Que carregam as velhas bruxas

O amor veio-me de repente
E era tão comum a toda gente
Que me desesperei
E chorei.
Chorei e sofri.

Sofri por estar alheio às sensações
Por viver à margem
De todas as sentimentalidades
E de tão tardiamente
Beber o licor agridoce,
Sabor inesquecível da paixão.

(Tico Matos)

E eram dois perdidos na mesa dos sentimentos

Amigos de anos idos
Negros vestidos
Loucos gemidos

Amigos em tempos de igreja
De conversas paralelas
Em dias de domingo

Amigos e entreolhares
Seios, coxas, braços
Amigos de amor secreto
Juras, promessas, afeto

Amigo desejando ser amante
E amante sendo
Desejas desposar

Amiga sonha o beijo
O romance
A declaração

Amigos namorados
Namorados amigos
Amigos eternos

"à minha querida Liana"

(Tico Matos)