sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Pai

Pai não se faz de outrora
É pai, ainda que amigo
E pai sempre será.
Pai, figura ausente, presente, forte!
Homem sempre homem, mesmo sendo mulher...
Pai vive de ser pai e não deixa de ser
Um senhor ancião que vive e caminha
Passos vagarosos, pé ante pé...
Muitas vezes pai ou pai uma vez só
Sempre pai será
E pai perene, limpo, mandão...

Fora papai um moleque levado
Que pregava nos outros joguetes e peripeças
E sozinho panhava lenha
A casa da preta velha, sua mãe.
Eita pai mais sapeca
Na bolsa da sorinha uma saltitante perereca...
E cantava de menino bonito
Até para a filha da vizinha.

Pai sempre fora homem
Mesmo em tempos de meninice
Certo estou que sempre o será
Até nos dias da velhice

Esse senhor coronel
Meu amigo, bandido amigo
Que rouba e segreda
O carinho de seu eterno filho.

(Tico Matos)

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